As crises
parecem não ser tão ruins assim
Qual a melhor
opção para comprar imóvel: à vista ou financiado?
Pronto, você acaba de se decidir pela compra
de um imóvel, mas ainda faltam detalhes como qual a melhor opção para a compra
de seu imóvel: à vista ou financiado?
Há
momentos que tomar decisões na vida não são nada fáceis, principalmente aquelas
relacionadas a investimentos financeiros. Comprar um imóvel é um dos
investimentos que mais preocupa, sobretudo se há dúvidas em relação a opções de
compra como por exemplo: qual a vantagem de comprar à vista e comprar a prazo?
Quando comprar à vista ou financiado é um bom negócio?
A decisão de comprar um imóvel
muitas vezes, para alguns pais, se dar no momento que os filhos decidem de alguma maneira
sair de casa para morar sozinhos em uma cidade grande com o objetivo de estudar
ou fazer uma carreira profissional. É nessa hora que alguns pais decidem pela
melhor opção para comprar um imóvel. Qual a melhor opção, comprar o imóvel à
vista ou financiado?
Esse é um momento muito ímpar
entre a decisão de comprar à vista, provavelmente a melhor opção, já que se
pode fazer uma boa negociação entres as partes, chegar a um ponto comum onde
todos saiam ganhando. Por outro lado, poucos têm o privilégio ou
dinheiro para a compra do imóvel de seus sonhos.
Caso haja fundos ou reservas
para comprar à vista, corre-se o risco de ficar sem reservas ao investir uma
grande soma sem que haja sobras para isso.
No mercado imobiliário se pode
dispor de alternativas que sejam muito mais viáveis como investimento, comprar
um imóvel na planta é uma delas, com uma entrada de 30% do valor de contrato,
podendo esse valor ser pago em duas etapas, a primeira com 10% no ato da
assinatura da proposta, e 20% a ser diluído em pequenas parcelas mensais
durante o período de obras que varia entre 30 e 36 meses no máximo, com a
vantagem de que o valor é negociado diretamente com a construtora. Esse tipo de
procedimento dar-se-á até o que se denomina “entrega das chaves”, momento em
que o comprador do imóvel decidirá se quitará o “saldo devedor” à vista ou
através de financiamento bancário. O ideal é sempre que se disponha de recursos próprios, comprar o imóvel à vista, mas
como dito anteriormente, são poucos os que têm o privilégio de realizarem o seu
sonho e conseguirem pagar por um imóvel à vista. A alternativa que torna mais
viável essa operação é a de financiamento bancário, como regra a que mais se
apropria àqueles que não disponham de reservas de recursos, ou por outro lado,
prefiram não zerar suas reservas já que não há nenhum valor excedente para
algumas ocasiões de aperto financeiro. Assim optem por manter suas reservas e
entrar num financiamento de 20, 30 ou mais anos com a garantia de recursos sobressalentes para alguns imprevistos.
É interessante notar que nesse
caso o mutuário ainda poderá antecipar o valor de suas parcelas diminuindo o
seu “saldo devedor”, ou até mesmo no caso de adiantar valores e quitar sua
dívida com um desconto significativo.
Outra observação importante é
saber que o valor das parcelas de financiamento nunca poderá exceder os 30% da
renda do participante ou participantes, no caso de devedores solidários. Essa
regra é uma garantia fundamental para o “credor” e “mutuário”, já que diminuirá
o risco de inadimplência.
É muito importante também que
haja uma condição de pré-avaliação do financiamento junto à “instituição
financeira”, o banco que irá fazer o empréstimo de financiamento. É fundamental
que se tenha em conta se o “valor da prestação” não irá pesar no bolso do
comprador. Por isso, vale lembrar que cabe sempre melhor avaliar taxas de juros,
comissionamentos e outras despesas bancárias que passam às vezes
imperceptíveis, mas que no final, poderão não ser muito viáveis ao negócio.
Para que não se incorra em
riscos desnecessários deve se proceder à consulta da taxa média de juros junto
a várias instituições financeiras. A garantia de menor taxa será uma
determinante na operacionalização e viabilidade do negócio.
Chamo a atenção para o atual
período pós-recessão que dificultou a política de crédito imobiliário por,
aproximadamente, três anos consecutivos, isso se considerando os patamares mais
elevados da recessão, parece que finalmente começamos a entrar em um novo ciclo
econômico com taxas de juros baixos, a SELIC chegando ao seu nível mais baixo
de 6,75% a.a., uma taxa histórica difícil de se repetir, e que amplia horizontes para a prática de financiamentos com
custos mais baixos. Há uma previsão de que essa taxa volte a crescer e por
volta de 2019 chegue aos 8%, segundo economistas de mercado. Mas isso não
inviabiliza a credibilidade de que os ventos mudaram de direção e há uma maior
oportunidade de investimentos e crescimento econômico de forma mais ampla e
sustentável, uma opção que parece ser muito otimista diante de uma
instabilidade política e um ano eleitoral que provocará algum tipo de reação negativa nos mercados. Mas isso será superável a partir do momento em que se começar a
ganhar confiança nos investimentos. Porque o país apesar de passar por uma
forte crise, manteve-se estável, conseguiu reagir bem economicamente.
Neste momento a recuperação dos
negócios imobiliários de forma sustentável é uma vertente econômica importante
que não deve ser deixada de lado, partindo-se da tese de que o “setor de
construção civil” não deixou de ser e nem deixará de ser um do mais importantes
que movimentará a economia com ou sem crise. Isto se tem provado nos últimos
anos. É um setor que acredita que as crises existem, afetam a economia, não restam dúvidas, mas não
afetam os desejos de quem tem vontade de produzir e crescer.
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