O ano de 2017 terminou com o histórico da menor taxa de juros da história, segundo o Comitê de Política Monetária (Compom) do Banco Central (BC) - Comitê que se reúne a cada 45 dias para ditar qual será a taxa SELIC (Taxa Básica de Juros) um dos principais indicadores econômicos que tem por objetivo principal regular juros de mercado e manter a inflação dentro de uma determinada meta.
A meta definida como principal para 2017 ficou em 4,5% com uma tolerância de 1,5% para mais ou para menos, o que significa que esse número varia entre 3% e 6% (segungo fonte). A última projeção do Bacen indicava uma inflação de 2,9% em 2017. Isso significa um número abaixo do limite inferior pré-estabelecido no intervalo de tolerância, abrindo espaço para uma maior redução na taxa de juros SELIC..
Os dados são otimistas quando comparados com a última vez que a SELIC atingiu valores tão baixos, outubro de 2012. À época o percentual era de 7,25% e se manteve por um período de apenas 7 meses. (fonte).
Caso a inflação persista em queda, muito provavelmente, uma nova queda terá registro na próxima reunião do CUPOM marcada para os dias 6 e 7 de fevereiro de 2018. Para alguns economista já passamos do ciclo do período de quedas dos juros. Gráficos indicam que os juros sobem e descem em ciclo que duram alguns anos.
veja gráfico nesse LINK
Essa é uma tendência lógica que indica o maior ou menor índice de confiança dos investidores. No momento em que há um aumento do nível de turbulências por pressões inflacionária, esses números aumentam, e no momento inverso, esse números tendem a diminuir.
A certeza or incerteza de que as taxas de juros se mantenham baixas em 2018 vai depender do resultado das pressões políticas de um ano eleitoral, onde dependendo dos avanços das disputas e desempenho dos candidatos, essas taxas permaneçam em baixa.
Em um ano eleitoral é muito pouco provável que alguém se arrisque a aumentar as taxas de juros, num momento tão importante para o começo de algumas mudanças no país, tome-se medidas para desestimular o consumo que precisa manter a economia aquecida. O ano de 2018 será um ano de estímulo ao consumo e maior endividamento das famílias em relação a 2016, já que se acenderá a ideia de melhores perspectivas econômicas gerada pelo aumento do consumo, onde as empresas passarão a vender mais e a abrir novas vagas de empregos. Isso em que a economia começa a ganhar força, aumenta o nível de confiança, e é muito pouco provável que o BACEN venha atuar em sentido contrário, estimule ações de contenção de consumo.
A menos que em um ano eleitoral que provoca algumas instabilidades na economia com relação as pesquisas e sejam capazes de provocar flutuações significativas no dólar, juros e inflação. Não há como se prever o que poderá acontecer com a economia num ano eleitoral de aumento das incertezas.
A necessidade é que haja um equilíbrio um equilíbrio, garanta-se um patamar de estabilidade, já que temos por certo dois momentos que preponderam na economia. Um momento é aquele em que os juros chegam a um patamar alto e comecem a cair; o segundo acontece quando os juros atingem um patama baixo e começam a subir.
Como a mudança de ciclo é recente, começou em 2016 com uma SELIC á taxa de 14,25% ao ano com a inflação chegando aos dois dígitos, e caindo de 9% para 3% ao ano, a previsão é que não haja pressão em sentido contrário e esse novo ciclo possa se manter por uma período mais longo.
O reflexo desses números indicam que uma inflação de 2,9% ao ano depois de descontada a taxa SELIC de 7% ao ano, eleva os juros reais a uma taxa de 3,98% ao ano que é um valor acimada inflação, conforme fonte. Lembrando que a última vez que os juros reais estiveram acima da inflação foi em 2013.
Ainda assim, vale ser observado que esses juros reais são menores do que os juros pagos pelos títulos públicos do Tesouro com base em valores do IPCA (Índice Preços ao Consumidor Amplo). Isso significa que o Governo está pagando a quem compra seus títulos uma taxa superior à inflação. Isso é ruim, porque o governo pagando mais está de certa forma influenciando uma maior taxa de inflação.
Isso mostra que mesmo com os juros chegando a sua taxa mínima histórica, a taxa de juros no Brasil ainda é uma das maiores taxas do mundo. Você muito raramente encontrará investimentos em renda fixa com baixo risco com juros muito acima da inflação como os pagos no Brasil.
Só há uma justificativa para taxas de juros tão elevadas que acontecem quando o país está em situção de risco, graves crises econômicas, embargos que envolvem questões militares. Os juros elevados são tidos como um prêmio pagos pelo risco de investir em países em situações de riscos.
Quando se desconta a inflação, vemos que a taxa de juros no Brasil está entre as maiores taxas reais do mundo. Isso significa que países com uma menor taxa real de juros têm como efeito taxas negativas ou muito próximas de zero. Isso acontece em países desenvolvidos onde têm por resultado um controle maior da inflação e um maior ajuste nas políticas fiscais, não há outros meios
que justifiquem índice tão baixo.
Para se ter uma ideia mais precisa, entre 150 países o Brasil ocupa a 14ª posição em relação aos países com maior taxa de juros no mundo.
Veja dados recentes e ainda atuais de países com a maior e menor taxa de juros no mundo.
Taxas de juros das maiores economias do mundo
Estados Unidos: 0.25%
China: 4.60%
Japão: 0.00%
Alemanha (Zona do Euro): 0.05%
Reino Unido (Zona do Euro): 0.50%
França (Zona do Euro): 0.05%
Índia: 7.25%
Brasil: 14,25%
Os 13 países que têm juros maiores que o Brasil são: Ucrânia
(que passa por vários conflitos bélicos civis há mais de um ano, com 27%),
Belarus (25%), Malauí (25%), Argentina (23,86%), Gâmbia (23%), Gana (22%), Irã
(21%), Haiti (20%), Venezuela (19,86%), Moldávia (19,5%), Uganda (16%),
Afeganistão (15%) e Iêmen (15%).
O Brasil tem taxas maiores que países como Cazaquistão (12%),
Quênia (11,5%), Angola (10,5%), Serra Leoa (9,5%), Etiópia (5%), Mali (3,5%) e
Sudão (13,3%).
Outro dado importante a observar é que na lista dos que possuem menor taxas de juros e alcançaram alto índice de desenvolvimento econômico e social, são os mesmo que ocupam a lista de países menos corruptos do mundo.
E um dos graves problemas da alta da inflação no Brasil está relacionado com os gastos do governo acarretados pelo erro de políticas fiscais, a gastança desordenada e os efeitos da corrupção que potencializa e impactua os resultados das politicas fiscais do governo. Um governo corrupto que privilegia classes empresariais com beneses fiscais, renúncia fiscal e desoneração fiscal acaba comprometendo os seus próprios gastos já fora de controle.
Um governo corrupt e perdulário que não assume o controle de seus gastos, muito dificilmente irá ter condições de reverter o atual quadro.
Prima-se que um dia, todos possam ter educação e habilidades para para crescerem e potencializar o crescimento do Brasil de forma sustentável e com mais justiça social.
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